Tributos   Migalhas

Tributos – Migalhas

Tributos

28/3/2005 Zé Preá

“Se a reforma da Previdência de 2003 primou por penalizar inativo, velho, órfão e viúva, o novo ministro da Previdência, Romero Jucá, já escolheu um novo alvo: o doente. E o fazendeiro (dono do Ministério da Fazenda) e médico-veterinário, Dr. Palocci, ainda disse: “o povo está adoecendo sem uma justificativa plausível”. Não resta dúvida de que a nova MP vai abreviar a vida do pobre, pois foi aumentada a carência para gozar o auxílio-doença, e o seu cálculo será feito com base em uma média aritmética das 36 últimas contribuições. Assim quis o piedoso ministro: o pobre brasileiro que arrumar um emprego de R$ 600,00 mensais, às duras penas, não poderá adoecer nos primeiros 36 meses do emprego (se este durar até lá), do contrário, o valor do seu benefício vai cair para o equivalente do salário mínimo. Vai ter sensibilidade assim lá no Inferno! Pesando tudo isto e mais o que não foi falado, fiz uma pequena poesia para devorar o PT e homenagear a cidade de João Pessoa, onde se assiste ao mais belo pôr-do-sol do País, na Praia do Jacaré, ao som do bolero de Ravel tocado por um saxofonista em um barco sobre o rio:

Onde pinta uma vantagem O Petê chega na frente E os petistas, aos montes Vivem às custas da gente Ladrão que rouba de luva Tirou de velho e viúva Agora mata doenteSó de lembrar da estrela Dá-me uma macacoa: Só penso para o Petê Uma bondade bem boa: Jogar esses pangaré Na boca do jacaré Do rio de João Pessoa!Lula, Dirceu, Genuíno Na praia, um “escarcel”: O povo trouxe Palocci E João Paulo, outro fiel O jacaré devorando E eu feliz escutando O bolero de Ravel.

É claro que o PT não merece um escarcéu, o dele é com a letra l no fim.”

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